por
Time Nomad
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Publicado em
7/3/2025
Se você busca uma maneira prática de investir e diversificar o seu patrimônio sem precisar selecionar individualmente cada ativo, os ETFs podem ser uma alternativa.
Esse tipo de investimento contempla ativos distintos, garantindo mais diversificação do que quando você compra ações específicas. Entenda tudo.
ETF é a sigla para Exchange Traded Funds, um fundo de ativo que costuma acompanhar ou replicar o desempenho de um determinado índice econômico, podendo seguir também algum segmento de mercado, com renda variável e dívidas (públicas ou privadas).
Eles funcionam como uma espécie de fundo de investimento, já que são compostos por diferentes ativos selecionados por uma gestora. Assim, são um tipo de aplicação diversificada por natureza — quando o investidor adquire um ETF, ele fica exposto a ações ou títulos diversos.
Quando ETFs replicam índices de referência, como o S&P 500, seu desempenho tende a acompanhar as variações desses indicadores.
Ou seja, quando o índice se valoriza, o ETF correspondente também tende a se valorizar. Por outro lado, em períodos de queda do índice, o ETF refletirá essa desvalorização.
A negociação dos ETFs americanos acontece nas bolsas de valores do país, e os ETFs brasileiros são negociados na B3, a bolsa de valores nacional.
Os ETFs são um tipo de ativo com muitas vantagens, entre elas:
ETFs têm uma variedade de ativos subjacentes, o que permite aos investidores obter uma diversificação instantânea em uma única transação. Isso reduz o risco associado a um único título ou ação.
Quando você investe em ETFs, tem a oportunidade de investir em uma vários mercados, incluindo ações, títulos, commodities e moedas, sem a necessidade de comprar cada ativo individualmente.
Isso já traz uma carteira mais variada e facilita, por exemplo, fazer seu Imposto de Renda.
A maioria dos ETFs divulga regularmente sua composição, permitindo que os investidores saibam quais ativos estão incluídos no fundo. Dessa forma, existe uma maior transparência em comparação com outros veículos de investimento, como fundos mútuos.
Os ETFs vêm com custos operacionais mais baixos do que outros produtos de investimento. Isso se deve ao fato de que os ETFs são projetados para replicar um índice específico, em vez de serem gerenciados ativamente.
Antes de investir em ETFs, é preciso conhecer os riscos envolvidos nesse tipo de ativo. Dentre eles, podemos destacar:
Assim como qualquer investimento em ações, os ETFs estão sujeitos ao risco de mercado. O valor das ações subjacentes ao ETF pode flutuar devido a fatores econômicos, políticos e eventos imprevistos.
Embora os ETFs sejam negociados em bolsas de valores, a liquidez costuma variar. Em alguns casos, para ETF com um volume menor de negociação, pode haver falta de compradores ou vendedores dispostos a negociar o ETF a um preço desejado, o que pode levar a spreads (diferença entre os preços de compra e venda) mais amplos.
Os ETFs geralmente têm o objetivo de rastrear o desempenho de um índice subjacente. No entanto, devido a taxas, custos de transação e outros fatores, pode haver uma pequena diferença entre o desempenho do ETF e o desempenho do índice.
Alguns ETFs se concentram em setores específicos, regiões geográficas ou classes de ativos. Assim, se o setor ou região em que o ETF está focado enfrentar dificuldades, o desempenho do ETF pode ser afetado negativamente.
Quando você investe em ETFs do mercado americano, também corre riscos de flutuação cambial. Ainda assim, investimentos em dólar são mais estáveis e te protegem nos momentos de crises e incertezas.
Boa parte dos ETFs pagam dividendos, ou seja, distribuem uma parcela do lucro das empresas que os compõem.
Isso acontece quando o fundo é composto por ações de empresas que pagam proventos. Nesse caso, os valores recebidos pelo ETF podem ser repassados aos cotistas, geralmente em intervalos regulares.
Por outro lado, alguns ETFs optam por reinvestir os dividendos automaticamente em vez de distribuí-los. Isso é comum em fundos que seguem estratégias de acumulação ou em ETFs compostos por ativos que não geram renda passiva direta, como commodities ou determinados títulos de renda fixa.
A recomendação é sempre ler o prospecto e os documentos oficiais do ETF, onde constam essas informações. Isso ajuda a alinhar o investimento ao seu objetivo, seja ele geração de renda ou crescimento de capital no longo prazo.
Os ETFs não seguem um único padrão. Eles podem ter diferentes objetivos, composições e estratégias.
Os mais populares são:
São os mais conhecidos e investem em uma cesta de ações com base em índices, como o S&P 500, Nasdaq-100 ou Ibovespa. São ideais para quem busca diversificação dentro da renda variável com uma única aplicação.
Focados em títulos públicos ou privados, esses ETFs permitem investir em renda fixa com a praticidade da negociação em bolsa. Alguns seguem índices de títulos prefixados, pós-fixados ou atrelados à inflação.
Esses ETFs oferecem exposição a criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, sem que o investidor precise comprar os ativos diretamente. Eles podem replicar o preço à vista (spot) da cripto ou acompanhar índices relacionados ao setor de blockchain e ativos digitais.
Com a aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA em 2024, esse tipo de fundo ganhou relevância como uma porta de entrada mais segura para o universo cripto, especialmente para quem prefere investir via corretoras tradicionais e com mais proteção regulatória.
Concentram-se em um setor específico da economia, como tecnologia, saúde, energia ou financeiro. São boas opções para quem quer apostar no desempenho de segmentos pontuais do mercado.
Permitem exposição a mercados fora do Brasil, como EUA, Europa, China ou emergentes. São uma alternativa para diversificar geograficamente e proteger o patrimônio da instabilidade local.
Replicam o desempenho de ativos como ouro, petróleo, prata ou outras matérias-primas. Podem servir como proteção (hedge) em cenários de incerteza ou inflação.
Acompanham tendências de longo prazo como inteligência artificial, energias renováveis, blockchain ou metaverso. Reúnem empresas ligadas a um mesmo tema, mesmo que estejam em setores ou países diferentes.
Hoje, existem basicamente duas formas de investir em ETFs: pelo mercado brasileiro ou pelo exterior. Cada uma oferece possibilidades diferentes de exposição, custos e diversidade de ativos.
A forma mais comum de começar é via corretoras locais que oferecem ETFs listados na B3. Esses fundos replicam índices brasileiros, globais ou setoriais e são negociados em reais, com tributação e regras locais. É um bom ponto de partida para quem está começando ou prefere manter tudo em moeda local.
Quem busca diversificação real — em moeda, geografia e setores — pode investir diretamente em ETFs listados em bolsas internacionais, como NYSE ou Nasdaq. Lá fora, o universo é muito mais amplo: existem milhares de ETFs, com foco em tudo, de tecnologia a inteligência artificial, de títulos do Tesouro a criptoativos.
Esse acesso internacional, que antes era restrito a grandes investidores, hoje já é possível via plataformas como a da Nomad. Com uma conta em dólar, o investidor pode aplicar diretamente em ETFs americanos e construir uma carteira global, de forma simples e sem precisar sair do Brasil.
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