Novas fronteiras da sofisticação financeira

As fronteiras dos mercados globais estavam praticamente fechadas para a maioria da população brasileira até alguns poucos anos atrás. Mas essa realidade se alterou dramaticamente e hoje qualquer investidor tem acesso aos principais ativos financeiros negociados nas maiores economias do mundo. Mas porque vale a pena investir no exterior?

por

Caio Fasanella

2 min.

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Publicado em

24/3/2024

Por muito tempo, investimento para a maioria da população brasileira era sinônimo de aplicar na “poupança”. Carinhosamente, os mais experientes ainda se referem a essa modalidade como “caderneta”, lembrando de épocas analógicas. Apesar de ser considerada bastante segura, nem sempre oferece os maiores retornos financeiros.

Foi só ao longo das últimas duas décadas que a variedade dos ativos que hoje estão disponíveis para pequenos investidores passaram a ser uma realidade. Investimentos em títulos públicos foram democratizados via a plataforma Tesouro Direto e com pequenas quantias hoje é mais fácil investir em outras modalidades de renda fixa ou renda variável.

No entanto, as fronteiras dos mercados globais estavam praticamente fechadas para a maioria da população brasileira até alguns poucos anos atrás. Mas essa realidade se alterou dramaticamente e hoje qualquer investidor tem acesso aos principais ativos financeiros negociados nas maiores economias do mundo. Mas porque vale a pena investir no exterior? Vemos pelo menos três grandes motivos principais.

Primeiramente, os ativos são denominados em moeda forte. Em particular, investir no mercado americano apresenta o benefício da estabilidade maior do dólar se comparado a outras moedas. Em segundo lugar, existem possibilidades muitas vezes maiores de diversificação. Os mercados brasileiros  além de possuírem menos opções, são mais concentrados em termos de setores de atividades.. Finalmente, você amplia suas possibilidades de retornos, por conseguir ter acesso a ativos que estão na fronteira de inovação e crescimento da economia global. Tópicos quentes como inteligência artificial ou biotecnologia são menos presentes na economia brasileira. No mercado americano, podemos, por exemplo, ter em nosso portfólio grandes empresas de tecnologia, como as “sete magníficas” que são negociadas diretamente nos Estados Unidos.

Não temos dúvidas de que ter acesso aos mercados no exterior representa a nova fronteira da sofisticação financeira para o investidor brasileiro. Esse espaço será dedicado a esmiuçar esse tema sob os mais diversos ângulos e aspectos.

Caio Fasanella

Diretor Executivo e Head de Investimentos da Nomad. Profissional com 15 anos de experiência no mercado de investimentos. Iniciou a carreira na área de investment banking, assessorando empresas em processos de M&A, captação de recursos (IPOs, FOs e dívidas) e reestruturações, pelo bancos americanos Bank of America e Moelis. Em 2019 fundou a Balko, plataforma de ativos alternativos focada no varejo alta renda. No final de 2021 se juntou a Nomad para liderar a área de investimentos.

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