Se você conhece um pouco do mercado financeiro, já deve ter ouvido falar em renda passiva. Esse é o desejo de qualquer pessoa. No entanto, muitos acreditam ser impossível alcançar esse patamar.
Mas o que é renda passiva? Esse termo é usado para designar a capacidade de ter uma remuneração sem precisar trabalhar. Ou seja, você não precisa se esforçar para ganhar esse dinheiro. Isso é o que os 10 homens mais ricos do mundo — e muitas outras pessoas — fazem.
Por mais que pareça inalcançável, é possível ter uma renda passiva, acumular um patrimônio ao longo dos anos e ter um futuro mais tranquilo. Como fazer isso? Neste post, vamos trazer dicas para você chegar lá.
O que é renda passiva?
Renda passiva é todo aquele dinheiro recebido sem que você tenha trabalhado para receber ele. Isso pode acontecer de forma esporádica ou frequente. No entanto, o objetivo é ter uma remuneração recorrente, a fim de que sua receita seja aumentada.
Para entender melhor sobre o assunto, vale a pena ver alguns exemplos de renda passiva. Os principais são:
- Comprar ou construir imóveis para locação;
- Investir e receber dividendos ou juros recorrentes das aplicações;
- Investir em imóveis nos Estados Unidos ou em outro país com uma moeda valorizada;
- Criar marca e cobrar royalties para que outras pessoas a explorem de forma comercial.
Portanto, esse conceito tem relação direta com a autonomia e a independência financeira. Ou seja, com o tempo, você deixa de se preocupar com dinheiro, porque sempre terá uma remuneração entrando na sua conta.
Provavelmente, esse é o seu desejo — e de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Ainda assim, apenas 1% das mulheres e 2% dos homens investem para ter um rendimento passivo no futuro. Os dados são do Raio X do Investidor Brasileiro 2022, da Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Portanto, é preciso mudar esse cenário. Como? A resposta está em entender quais são as fontes de renda passiva e como viver dessa forma. Vamos explicar adiante. Antes disso, existem outros detalhes a saber.
Tipos de renda passiva
Existem duas formas de ter um rendimento frequente no futuro sem precisar trabalhar. Você pode alcançar esse objetivo a partir de uma renda passiva:
- Com capital: é aquela obtida com os investimentos. Portanto, você aloca seu dinheiro em um ativo financeiro e recebe um retorno constante. Essa é a rentabilidade da aplicação financeira;
- Sem capital: é o rendimento conseguido por meio de outras possibilidades. Por exemplo, direitos autorais e de imagem, pensões e mais.
De toda forma, é importante nunca confundir renda extra e passiva. A renda extra é aquele valor a mais que entra no seu orçamento. Ela é obtida a partir de alguma atividade, como realização de trabalhos freelance, venda de produtos, prestação de serviços etc. Além disso, ela nem sempre está disponível e ainda varia de um dia para o outro.
Por sua vez, o rendimento passivo é conseguido sem que você dedique tempo ou esforço. É o caso do recebimento de dividendos, aluguel ou pensão. Portanto, é algo planejado e que garante um futuro mais tranquilo.
Como gerar rendimentos passivos?
Quando se fala nesse assunto, a grande pergunta é: como viver de renda passiva? Primeiro, você deve saber que é possível alcançar esse objetivo, mesmo que o seu salário não seja tão elevado.
Para isso, você deverá ter uma boa educação financeira, trabalhar bastante, economizar e poupar o máximo possível. Assim, ficará mais fácil ter um patrimônio interessante, que permitirá obter esses rendimentos recorrentes.
Antes de ver as dicas específicas, vale a pena entender as diferenças entre economizar, poupar e investir. O primeiro passo é gastar menos do que ganha. Ou seja, sobra dinheiro todos os meses. No entanto, você pode fazer o que quiser com essa quantia.
Depois de economizar, você deve poupar. Isso significa guardar o dinheiro que sobra. Em outras palavras, começar a ter disciplina financeira. Então, o próximo passo é investir. Nesse momento, o capital passa a ser aplicado em algum produto financeiro do Brasil ou do exterior e começa a render.
A partir disso, você tem a chance de começar a ter uma renda passiva. No começo, a rentabilidade tende a ser pequena, já que ela é proporcional à quantia investida. Com o tempo, os juros compostos multiplicam o valor e fazem você receber um retorno considerável.
Então, quais são os passos que levam a esse resultado? A seguir, apresentamos todas as etapas. Confira!
Faça um bom planejamento financeiro
O primeiro passo é organizar as suas finanças. Isso consiste em quitar as suas dívidas e formar a sua reserva de emergência. Esse é um dinheiro destinado para imprevistos e que deve ser utilizado somente quando realmente necessário.
Observe que é necessário ter muito foco e disciplina para começar a ter hábitos financeiros mais saudáveis. No entanto, foque em alcançar seus objetivos. Isso ajudará a ter mais disciplina para evitar gastos supérfluos.
Além disso, é necessário pensar adiante para fazer uma gestão financeira eficiente. Algumas perguntas necessárias são:
- Quando você pretende se aposentar?
- Qual será seu estilo e seu custo de vida ao deixar de trabalhar?
- De quanto você precisará para se manter todos os meses?
Por mais que seja difícil pensar nessas questões em um primeiro momento, a prática é fundamental. Isso porque permitirá que você faça uma previsão da sua necessidade futura e tome as decisões financeiras que vêm a seguir.
Aprenda sobre o mercado financeiro
Para viver de renda passiva, é necessário investir. No entanto, engana-se quem pensa que o mercado financeiro é uma aposta. Se você tem essa crença, saiba que ela é um mito e que acreditar nisso pode levar a prejuízos significativos.
Por isso, é fundamental entender como o mercado financeiro funciona e acompanhar os resultados. Você nem precisa ser um especialista, mas deve entender alguns conceitos básicos, como:
- O que são ativos;
- O que é diversificação da carteira;
- O que é necessário para investir;
- O que é perfil de investidor e qual é o seu;
- Qual a diferença entre renda fixa e variável;
- O que é inflação e taxa básica de juros;
- Quais são os índices econômicos mais importantes;
- Como investir no exterior;
- Como abrir uma conta em uma corretora de valores do exterior, como a Interactive Brokers;
- Como declarar investimento no exterior;
- Quais taxas são aplicadas;
- Como fazer a conversão de câmbio em caso de investimentos no exterior.
Com essas informações, você começará a entender qual é seu perfil de investidor e conhecerá os investimentos mais adequados à sua realidade. A questão é: onde conseguir essas informações?
Existem vários livros e cursos que podem ajudar — inclusive, alguns gratuitos:
- Cursos Anbima, que abordam mercado financeiro, investimentos etc.;
- Cursos da B3, a bolsa de valores brasileira;
- Empreendedorismo para o Mercado Financeiro, da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
- Formação para o Mercado Financeiro – Operador/Banker, da Saint Paul;
- Derivativos: negociação, precificação e hedge, do Insper;
- Como investir no exterior – tudo sobre investimentos globais, disponível na Udemy;
- Especialista em Investimentos no Exterior, da Infomoney;
- Investindo no Exterior, disponível na Hotmart.
Em relação aos livros, existem outras boas dicas. Confira por onde você pode começar:
- O Investidor Inteligente, de Benjamin Graham;
- Mercado Financeiro: produtos e serviços, de Eduardo Fortuna;
- Os Segredos da Mente Milionária, de T. Harv Eker;
- Investindo em Ações no Longo Prazo, de Jeremy J. Siegel;
- O Jeito Warren Buffet de Investir, de Robert G. Hagstrom;
- Finanças Comportamentais, de Aquiles Mosca;
- A Interpretação das Demonstrações Financeiras: o guia clássico de finanças do investidor inteligente, de Benjamin Graham.
Crie o hábito de investir e diversificar
Com o conhecimento que for adquirindo, comece a investir. A ideia é que você faça isso de forma consistente e com regularidade. Dessa forma, o patrimônio se multiplica e fica mais fácil atingir o seu objetivo.
Para isso, é preciso escolher a estratégia certa. Aqui, não existe uma fórmula pronta. Na verdade, depende muito do seu perfil de investidor. No entanto, existe uma regra que você precisa seguir: diversifique a sua carteira.
Essa é a recomendação principal do mercado financeiro, porque ajuda a reduzir os custos e aumentar o potencial de rentabilidade. Portanto, é importante ter diferentes ativos na sua carteira de investimentos e eles também devem fazer parte de classes diferentes.
Por isso, vale a pena ter títulos da renda fixa e da variável. Ao mesmo tempo, também é interessante investir em dólar. Isso porque essa moeda é historicamente mais valorizada do que o real. Portanto, seu potencial de retorno é maior.
Além disso, essa também é uma forma de proteger seu patrimônio, ou seja, fazer hedge. Dessa forma, há uma chance de obter uma rentabilidade satisfatória mesmo quando o mercado brasileiro estiver em crise.
Outra vantagem de investir em moedas estrangeiras é o fato de você efetivar uma diversificação geográfica. Dessa forma, seu patrimônio deixa de ser tão afetado por uma crise nacional ou o aumento da inflação, que corrói o seu poder de compra, por exemplo.
Saiba quais investimentos escolher
Mais do que saber o que é renda passiva, é necessário saber quais ativos permitem alcançar esse patamar. Para esse objetivo, os principais investimentos são:
- Fundos imobiliários (FIIs): esses produtos financeiros distribuem 95% dos lucros auferidos em forma de dividendos. A lei obriga a distribuição dos ganhos a partir do resultado do semestre;
- Tesouro Direto: o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ têm opções de pagamento de juros semestrais. Os primeiros são indicados para cenários em que a Selic está alta e com tendência de queda. Por sua vez, os segundos são recomendados em qualquer situação, mas especialmente quando a inflação está alta. Isso porque assegura um ganho real;
- Ações: representam partes de uma companhia. As empresas de capital aberto — como são chamadas — distribuem dividendos com uma certa frequência tanto no Brasil quanto no exterior. Por isso, vale a pena escolher negócios que façam esse processo em meses diferentes. Assim, você tem um rendimento regular;
- Real Estate Investment Trusts (REITs): são os fundos imobiliários dos Estados Unidos, que também permitem distribuir dividendos aos investidores;
- Exchange Traded Funds (ETFs): são os fundos de índice, que replicam um indicador do mercado. É possível adquiri-los no Brasil ou no exterior. No entanto, a segunda opção tende a trazer uma rentabilidade mais interessante. Isso porque há mais opções, além de reduzir custos dos intermediários no Brasil.
Lembre-se de que o ideal é diversificar. Então, você pode ter todos esses ativos na sua carteira.
Entenda como calcular a renda passiva
Para saber quanto juntar de patrimônio, você deve calcular a renda necessária para viver com esse dinheiro. É necessário verificar quanto você deseja receber por mês e a taxa de remuneração do capital, ou seja, o dividend yield.
Com isso, defina seus objetivos. Por exemplo, determine uma idade para se aposentar. Em seguida, verifique quanto pretende ganhar no futuro. Tenha em mente que essa renda precisa ser realista. Em seguida, faça as contas considerando os juros reais, ou seja, com o desconto da inflação.
Assim, imagine que você quer ter uma renda de R$ 7.000 por mês. Isso representa R$ 84.000 por ano. Assim, faça uma previsão de rentabilidade para os investimentos. Por exemplo, o retorno será de 7% ao ano.
Então, você precisa dividir a renda anual pelos juros anuais. Nesse caso, o resultado é R$ 1,2 milhões. No entanto, tenha em mente que esse cálculo pode sofrer alterações ao longo do tempo devido à taxa de rentabilidade e de inflação.
Qual a melhor renda passiva?
Não existe uma renda passiva melhor do que outra. Porém, a opção mais fácil de conquistar é aquela com capital. Afinal, você se programa e estuda para atingir os seus objetivos. Isso permite fazer um bom planejamento financeiro para você ter bons resultados.
Quanto investir para ter uma renda mensal de R$1000?
Tudo depende dos seus investimentos, da rentabilidade e da inflação. Dessa forma, você deve fazer o cálculo já explicado para ter a renda mensal de R$ 1.000. Então, usando o exemplo acima, com juros de 7% ao ano, seria uma renda anual de R$ 12.000. Assim, seria necessário juntar aproximadamente R$ 172 mil.
Agora, você já tem todas as informações necessárias para entender a renda passiva, colocar as dicas em prática e encontrar as melhores fontes para alcançar esse propósito. Dessa forma, pode começar a investir, inclusive no exterior. Isso permitirá que você construa o seu patrimônio.
Depois disso, basta contar com uma plataforma que facilite as transações cambiais. Isso porque você contará com a melhor cotação e evitará descontos expressivos na sua renda passiva. Então, o que acha de conhecer uma plataforma sem burocracia e feita na medida para quem quer ter uma vida financeira global? Acesse o site da Nomad e confira as nossas soluções.
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