O número de pessoas interessadas em investimentos tem crescido de forma constante nos últimos anos. Só para se ter uma ideia, entre dezembro de 2019 e setembro de 2020, a quantidade de investidores na Bolsa de Valores brasileira, a B3, subiu 76%, chegando a quase 3 milhões de pessoas. Em 2022, o número já ficou próximo a 6 milhões.
Porém, as oportunidades de ganhos não se restringem apenas ao mercado brasileiro, e muitos investidores já têm buscado alternativas de aplicações fora do país, a fim de potencializar seus ganhos e assegurar o patrimônio financeiro, sendo que os ativos dos Estados Unidos são a principal opção para isso.
Se você tem interesse no assunto, acompanhe este artigo até o final. Vamos esclarecer suas dúvidas sobre o funcionamento do ETF americano e explicar se o ETF americano paga dividendo. Confira!
O que é dividendo?
Os dividendos são, basicamente, uma parcela dos lucros de uma determinada empresa que é dividida entre os seus acionistas como remuneração pelos resultados da companhia em um período.
É como se os acionistas de uma empresa de capital aberto fossem sócios, recebendo parte de seus lucros líquidos. Isso porque as ações vendidas na bolsa de valores funcionam como a menor parte da composição societária de uma organização, sendo que seus compradores passam a ser sócios acionistas.
O pagamento dos dividendos acontece de forma proporcional aos investimentos realizados por cada acionista. Ou seja, quanto mais ações da empresa o investidor tiver, maior será a sua parcela de dividendos.
Porém, o pagamento dessa remuneração depende do desempenho da organização. Assim, se o resultado dela em um período for negativo e não houver lucro apurado, pode ser que não haja o pagamento de dividendos.
Além disso, nem todas as empresas pagam dividendos de suas ações, preferindo distribuir uma parcela de seus lucros com os acionistas por meio dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP).
Nesse formato, a quantia repassada aos investidores da companhia são considerados como uma despesa da empresa, sendo que os tributos do repasse de valores são pagos pelo acionista.
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O que é ETF?
ETF é uma sigla para o termo em inglês Exchange Traded Funds, um fundo de ativo que, geralmente, acompanha ou replica o desempenho de um determinado índice econômico, podendo seguir também algum segmento de mercado, com renda variável e dívidas (públicas ou privadas).
Os ETFs funcionam como uma espécie de fundo de investimento, já que são compostos por diferentes ativos selecionados por uma gestora de acordo com o índice seguido. Assim, são um tipo de aplicação naturalmente diversificada, pois o investidor que adquire um ETF não fica exposto a ações de uma única empresa.
Como esse tipo de investimento acompanha um índice, é importante saber que o seu desempenho seguirá o desse referencial. Ou seja, se o índice subir, o ETF aumentará seu valor. Porém, no caso de desvalorização, a baixa também será sentida.
A negociação dos ETFs americanos acontece nas bolsas de valores do país, e os ETFs brasileiros são negociados na B3, a bolsa de valores brasileira.
Agora que você já aprendeu o que é ETF e dividendo, saiba também se ETF americano paga dividendo. Acompanhe!
ETF americano paga dividendo?
Antes de começar a investir no exterior, é fundamental compreender se ETF americano paga dividendo e quais são os tipos que fazem isso.
É possível encontrar diversos ETFs americanos que pagam dividendos aos seus acionistas. Dessa forma, se você adquiriu cotas de um ETF nos Estados Unidos, é possível que receba essa parcela do lucro das empresas que o compõe.
Porém, a decisão de fazer o pagamento dos dividendos, assim como a periodicidade e o valor das distribuições dependem das políticas de cada ETF. Por essa razão, é importante se informar bem a respeito desses fatores antes de comprar um ETF americano.
Como funciona o pagamento de dividendos
O pagamento de dividendos dos ativos é feito pelas empresas como forma de recompensar os seus acionistas e atrair possíveis novos investidores. Para os acionistas, essa é uma boa maneira de obter rentabilidade a longo prazo em suas aplicações.
Os dividendos, geralmente, são calculados como um valor fixo por ativo. Assim, os investidores recebem uma quantia de acordo com a quantidade de ativos da organização que possuem em sua carteira de investimentos.
Por exemplo: se uma pessoa tem 100 ações de uma determinada empresa, a qual paga R$2,00 de dividendos por ação, esse investidor vai receber R$200,00 em dividendos ao final do período.
Esse processo de distribuição depende da aprovação do conselho administrativo da empresa e protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), instituição responsável por regular o mercado de capitais.
Como o pagamento não segue um cronograma fixo, ele pode variar de acordo com as decisões de cada organização acerca de sua periodicidade. É importante que o investidor fique atento à data da declaração do pagamento de dividendos, quando a empresa faz o anúncio de que haverá dividendos, e acompanhe cada passo do processo.
Por que investir em ETFs americanos?
Enquanto o Brasil passa por seguidas crises políticas e econômicas que afetam diretamente o mercado financeiro nacional, os Estados Unidos se mantêm consolidados como uma das principais economias mundiais.
Consequentemente, o mercado financeiro americano também é considerado muito mais estável e sólido. Mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, o número de brasileiros que decidem investir nos EUA segue crescendo.
Além disso, o mercado financeiro americano também é considerado muito mais estável e sólido. Mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, o número de brasileiros que decidem investir nos EUA segue crescendo.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em 2021 os brasileiros possuíam cerca de R$ 827,19 bilhões em ações no exterior. Esse número representa um aumento de 20% em relação aos 12 meses anteriores.
Além de ser mais confiável, o mercado financeiro americano também oferece mais opções de investimentos. Enquanto as bolsas de valores estadunidenses dispõem de milhares de ETFs, a B3 conta com aproximadamente 20 opções desse ativo.
Diversos ETFs americanos têm valor de mercado superior a todos os fundos imobiliários brasileiros juntos. Além disso, muitos deles têm em seu portfólio algumas das maiores companhias do mundo, permitindo que os investidores sejam sócios acionistas de grandes empresas através de um ativo de exposição mais baixa.
Outra vantagem desse tipo de aplicação é a possibilidade de pagamento de dividendos, ao contrário dos ETFs brasileiros, que não fazem esses pagamentos.
Como investir em ETFs no exterior
Além de saber se ETF americano paga dividendo, é importante aprender como investir nesse tipo de ativo.
Para começar a adquirir ETFs americanos, é necessário abrir uma conta no país. O processo de compra é bastante semelhante ao que é feito nas corretoras brasileiras, bastando transferir o valor desejado para a conta da corretora e, em seguida, realizar a compra dos ativos pelo Homebroker.
Uma boa opção para facilitar esse processo é ter uma conta bancária em dólar nos Estados Unidos, de forma que a transferência de valores seja menos burocrática e custosa.
A Nomad oferece uma conta americana 100% digital e sem custos, segurada pelo fundo garantidor de depósitos (FDIC) do governo americano em até US$250 mil. Além disso, o dólar utilizado é o mais vantajoso para os clientes, o comercial, e o IOF é um dos melhores do mercado (apenas 1,1%), deixando as operações mais baratas.
Agora que você já sabe que ETF americano paga dividendo e como investir nos EUA, confira quais são os 8 principais.
Categorias de ETFs Americanos
Para além de saber que ETF americano paga dividendo, existem categorias para esse ETFs e é essencial conhecê-las se você quer investir nos EUA.
É possível dividir os ETFs americanos de acordo com a estratégias seguidas e os ativos que os compõem:
- Bond ETFs: incluem títulos de dívidas públicas ou privadas;
- Equity ETF: acompanha a performance de um setor da economia como um todo, como tecnologia, bancos, petróleo, saúde, entre outros; ou que investe em ações de um tipo de empresa, como grandes, pequenas ou de um país específico.
- Commodity ETFs: seguem conforme a variação de uma ou mais commodities, como o ouro e o petróleo;
- Currency ETFs: variam de acordo com o desempenho de determinada moeda em relação a outra, que é geralmente o dólar americano;
- Inverse ETFs: busca obter ganhos conforme a queda de um Índice de Ações.
As diferenças entre ETFs americanos e brasileiros
Atualmente, a B3 possui 22 opções de ETFs listadas e disponíveis para compra dos investidores. Já as bolsas americanas, NASDAQ e NYSE, contam com milhares de ETFs listados, muitos compostos pelas maiores empresas do mundo. Assim, a primeira diferença entre investir em ETFs nos dois países é o número de opções para escolher.
Assim, a primeira diferença entre investir em ETFs nos dois países é o número de opções para escolher. Além disso, nos EUA, é possível comprar ETFs ligados a setores específicos, como energias renováveis, tecnologia, saúde, games, entre outros. Como o mercado americano é menos ligado a commodities que o brasileiro, as alternativas se multiplicam.
Nos EUA, existem ainda ETFs ligados aos títulos públicos americanos, os Treasury Bonds. Esse ativo é mais conservador, já que está atrelado a um índice de renda fixa, e uma boa opção para investidores mais moderados, algo ausente no contexto dos ETFs brasileiros.
Até aqui você já sabe que ETF americano paga dividendo, suas categorias, as diferenças existentes entre eles e os brasileiros e muito mais. Mas, não podemos deixar de falar sobre os riscos que existem. Acompanhe!
Quais são os riscos de investir em ETFs americanos?
Todos os tipos de investimentos contam com riscos e os ETFs americanos não são diferentes.
Assim como qualquer outro investimento, os ETFs americanos também apresentam alguns riscos atrelados a eles.
Em primeiro lugar existe o risco de câmbio, ou seja, se o ETF valorizar, mas o câmbio do dólar em relação ao real sofrer uma baixa maior, o investidor não terá ganhos. No entanto, esse risco é baixo, já que a moeda americana vem se valorizando de forma constante.
Outro risco a ser considerado é o de setor, pois, como a maior parte dos ETFs estão ligados a um determinado segmento da economia, se esse setor sofrer uma crise ou mudança drástica de regulamentação, os ativos do fundo podem sofrer forte desvalorização.
Por fim, podemos citar o risco de inflação, já que, por se tratarem de investimentos de menor risco, os ETFs podem apresentar uma rentabilidade proporcionalmente menor, sendo mais vulneráveis aos desgastes da inflação.
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