Na hora de saber como investir, é importante considerar qual é seu perfil de investidor. Essa é uma informação importante para tomar decisões e formar a sua carteira de ativos da forma adequada. Apesar disso, muita gente ignora essa classificação.
Um dos motivos para isso é o desconhecimento. Outro fator relevante é o medo. Afinal, qualquer investimento implica riscos e pode levar a perdas. De toda forma, saber qual é o seu perfil é uma forma de reduzir o problema. Isso porque você alinha a sua carteira ao seu nível de tolerância a prejuízos.
Esse é apenas um dos critérios que fazem os tipos de perfil de investidor serem tão relevantes no mercado financeiro. Neste post, vamos explicar quais são eles, o que os caracteriza, como saber o seu e por que essa informação é necessária. Continue lendo!
O que é perfil de investidor?
O perfil de investidor é uma análise de identificação de preferências e expectativas relacionadas aos investimentos. Isso é feito por meio do teste de suitability — em tradução livre, adequação. O propósito é entender qual é o seu nível de tolerância ao risco, os seus objetivos e a sua condição financeira atual para determinar os próximos passos ao investir.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) obriga a realização dessa análise por todas as instituições financeiras que oferecem produtos de investimento. Essa exigência está definida na Instrução nº 539, de 2013. No entanto, ela é válida somente para corretoras de valores nacionais.
Mesmo assim, vale a pena saber em qual classificação você se encaixa. Dessa forma, se você quiser investir em dólar atuando diretamente na Nasdaq, por exemplo, consegue definir quais ativos são mais adequados à sua realidade.
Para que serve o perfil de investidor?
Ao saber como descobrir o perfil de investidor, você tem a chance de formar uma carteira de ativos mais adequada. Assim, é mais fácil alcançar os seus objetivos e construir um patrimônio. Isso porque essa análise orienta quais ativos escolher, conforme a sua tolerância ao risco.
Portanto, fica claro que não existe uma fórmula certa na hora de investir. Porém, há recomendações de quais ativos são mais interessantes para o propósito que deseja conquistar. A partir disso, você toma decisões mais acertadas.
Vale a pena observar que essa análise considera diferentes fatores. Inclusive, a sua idade e condição financeira atual. Isso porque esses aspectos também interferem nas escolhas de investimentos.
Por exemplo, quem é mais jovem tem chance de recuperar possíveis perdas. Por isso, pode investir em ativos mais arriscados para ter um potencial de ganhos maior. Em compensação, quem não tem um patrimônio bem formado e já tem certa idade — a partir dos 40 anos, por exemplo — deve optar por uma carteira com menor risco.
De qualquer forma, o ideal é focar na diversificação de investimentos. Essa é a regra principal do mercado financeiro, porque visa à redução de riscos e ao aumento do potencial de rentabilidade.
Nesse sentido, vale a pena saber como investir no exterior e considerar essa alternativa qualquer que seja o seu perfil de investidor. Afinal, esses ativos servem para hedge, isto é, proteção do seu capital.
A explicação é simples: como o dólar — e algumas outras moedas, como o euro — são historicamente mais valorizadas do que o real, a tendência é de continuarem em alta. Essa tendência também vale para períodos de crise. Portanto, é uma boa opção para quem opta pela segurança e não tolera perda de poder de compra.
Ao mesmo tempo, o investimento no exterior também é a oportunidade de potencializar o crescimento do seu patrimônio. O motivo é o mesmo: a valorização da moeda estrangeira. Portanto, é uma alternativa viável para quem quer arriscar mais para ter a chance de aumentar o lucro.
O ponto chave é saber equilibrar a carteira para evitar problemas. Além disso, em ambos os casos, é necessário focar no longo prazo. Dessa forma, você constrói um portfólio variado e com possibilidade de trazer bons resultados.
Quais são os perfis de investidores?
Além de entender o que é e para que serve, você também deve conhecer os diferentes tipos de perfil de investidor. Existe uma classificação básica, que pode ser desdobrada por algumas instituições financeiras. De modo geral, a divisão é feita da seguinte forma:
Perfil de investidor conservador
Tem a segurança como prioridade. Por isso, evita arriscar o seu dinheiro ao fazer um investimento. O grande objetivo é não perder nada para garantir a preservação do patrimônio.
Isso pode acontecer com pessoas com idade avançada ou quem ainda está iniciando no mercado financeiro — lembrando de que qualquer pessoa pode ter o perfil de investidor conservador, ok?
Por isso, o ideal é formar uma carteira com ativos de baixa oscilação de preço e risco. Assim, o ideal é a renda fixa, como ativos do Tesouro Direto e o Certificado de Depósito Bancário (CDB). No exterior, uma opção são os bills, ou seja, títulos de curto prazo emitidos pelo governo ou empresas privadas dos Estados Unidos.
Vale a pena reforçar que o perfil conservador pode ter alguns investimentos mais arriscados. No entanto, a maior parte da carteira deve priorizar a segurança.
Perfil de investidor moderado
Costuma ser uma pessoa que entende um pouco mais sobre o mercado financeiro e tem certa experiência. Por isso, busca o equilíbrio entre risco e retorno. Em outras palavras, aceita um potencial de perdas maior se a chance de lucrar mais compensar.
Na prática, o perfil de investidor moderado abrange características dos outros dois tipos. Assim, ele busca fazer seu patrimônio crescer e consegue executar uma boa gestão financeira. Dessa forma, tem uma porcentagem maior de produtos da renda variável na sua carteira, quando comparado ao conservador.
Vale a pena destacar que quem é moderado aceita ter prejuízos. No entanto, tolera determinado limite, apenas. Além disso, esse investidor busca obter rentabilidade em médio e longo prazo.
Perfil de investidor arrojado
Por fim, o perfil de investidor arrojado tem alta tolerância a perdas. Por isso, não tem medo de aplicar seu dinheiro e correr riscos. Normalmente, é uma pessoa com ampla experiência no mercado financeiro e que já tem um patrimônio bem consolidado.
Aqui, a busca e a prioridade é a alta rentabilidade. Portanto, a maior parte da carteira é formada por ativos da renda variável, inclusive internacionais atrelados ao índice Dow Jones, por exemplo. Uma vantagem é o fato de não se abalar com possíveis perdas. Isso porque esse investidor sabe que elas podem ser compensadas no longo prazo.
Ainda assim, aplica seu conhecimento para decidir onde investir de forma estratégica. Para trazer certo nível de segurança ao seu capital, também conta com alguns ativos da renda fixa no portfólio, mas em menor porcentagem.
O ideal é fazer o teste de suitability, aplicado pelas corretoras de valores no momento em que você abre a sua conta. Após esse período, pode verificar diretamente com a instituição financeira ou pesquisar algum teste disponível na internet. Um exemplo é teste de perfil de investidor da Nomad!
De toda forma, como explicado, essa análise utiliza vários critérios. No entanto, os 3 principais são segurança, liquidez e rentabilidade. Portanto, para saber como descobrir o perfil de investidor, é fundamental considerar esses fatores e qual deles é o mais importante para você.
Isso porque os investimentos do mercado terão esses aspectos em diferentes níveis. Por exemplo, um título da renda fixa pode ter segurança e liquidez, mas baixa rentabilidade. Por sua vez, um ativo de renda variável costuma ter um potencial de retorno maior e alta liquidez. Contudo, a segurança é menor.
Assim, fica claro que existe uma relação proporcional entre risco e retorno. Ou seja, quanto maior for o potencial de perdas, maior é o potencial de rentabilidade. Por isso, é necessário pensar o que é mais relevante para o seu momento atual.
Além do mais, é possível passar por diferentes perfis de investidor ao longo da vida. Quem está começando no mercado de trabalho, por exemplo, pode ser conservador até formar sua reserva de emergência e conhecer melhor o mercado.
Então, ele pode passar a ter o perfil arrojado até chegar por volta dos 40 anos. Depois disso, com um patrimônio consolidado, ele pode se tornar moderado, a fim de proteger o que já tem e rentabilizar um pouco mais.
É claro que essa ordem apenas exemplifica o que pode acontecer. Por isso, o ideal é fazer o teste de suitability de tempos em tempos para saber se houve alguma mudança no resultado. Você pode procurar o formulário ou esperar a corretora de valores aplicá-lo, já que essa é uma exigência.
No caso de corretoras de valores internacionais, as regras são as mesmas. É importante realizá-lo e saber qual é o seu perfil para tomar suas decisões de investimento no exterior. Assim, você pode usar essa informação para escolher os ativos na plataforma da Nomad, por exemplo.
Qual é o melhor perfil de investidor?
Na verdade, não existe uma resposta certa. Todos os perfis são positivos, porque dependem da realidade de cada investidor. Além disso, o resultado pode mudar com o passar do tempo, como explicamos. Então, deve-se pensar sobre os melhores tipos de ativos para cada classificação.
Essa é a melhor maneira para que a carteira seja montada de forma adequada. Nesse sentido, algumas opções são as que apresentamos em seguida:
- Perfil de investidor conservador: títulos públicos e privados da renda fixa de curto prazo, como os do Tesouro Direto, CDB, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), Treasuries dos EUA (Títulos do Tesouro dos EUA) de curto prazo e Certificate of Deposit (CD) também de curto prazo;
- Perfil de investidor moderado: títulos de renda fixa de prazos mais longos, fundos de investimento de renda fixa e multimercados.
- Perfil de investidor arrojado: ações, ETFs, FIIs, commodities, moedas, índices (como o Dow Jones e o S&P 500) etc.
Apesar desses exemplos, vale a pena destacar que a escolha deve ser feita por você. Portanto, essa não é uma recomendação de investimento. Ainda assim, é normal utilizar a experiência de outras pessoas para tomar essas decisões. É o caso de conhecer os 10 homens mais ricos do mundo.
Além disso, existem outras dicas para traçar uma estratégia adequada e com boas chances de sucesso. Para isso, é preciso investir na educação financeira e ainda fazer o seguinte:
- Veja se realmente tem disposição para arriscar: a ideia é evitar fazer o investimento pela empolgação. Ao pensar no risco, considere como agiria se perdesse tudo ou boa parte do capital. Isso ajudará a identificar seu nível de tolerância;
- Nunca concentre seus investimentos: nunca coloque todo o seu dinheiro em apenas um ativo, uma classe ou uma categoria. Diversifique conforme as oportunidades existentes no seu perfil. Além disso, busque uma variedade maior investindo no exterior, por exemplo;
- Faça aportes mensais: busque continuar a investir seu dinheiro mensalmente para construir seu patrimônio de forma sustentável e consolidada. Essa medida é fundamental para garantir que os juros compostos façam o seu trabalho e você tenha tranquilidade financeira no futuro.
Com todas essas informações, é bem provável que você tenha entendido a importância do perfil de investidor. Existem muitos motivos para considerar essa análise e preencher o formulário, mesmo que o seu propósito não seja investir no Brasil.
Afinal, o foco principal é a capacidade de montar uma carteira adequada, diversificada e capaz de ter bons resultados. Esse é o grande motivo pelo qual vale a pena conhecer seu perfil de investidor e atualizá-lo com o tempo.
E se você busca diversificar e proteger o seu patrimônio, aproveite para saber mais sobre os investimentos em dólar lendo o conteúdo completo que preparamos sobre o tema.
