Investimento no exterior: entenda quanto alocar fora do Brasil

Por:
Paula Zogbi
22/11/2024
|
Atualizado em
19/7/2024
15 min de leitura

Com a facilitação do acesso a mercados internacionais, o investidor brasileiro tem percebido que o investimento no exterior é imprescindível para formar um portfólio equilibrado.

Buscar a diversificação global de ativos é fundamental para quem quer otimizar a rentabilidade e mitigar os riscos dos seus investimentos. Mas, a grande dúvida que surge em relação ao investimento no exterior é descobrir a porcentagem ideal para alocar fora do Brasil.

Nesse artigo, vamos mostrar qual a parcela ideal que  você deve ter alocada no exterior para ter uma carteira efetivamente diversificada. Confira, a seguir!

Diversificação em investimento no exterior

Antes de apresentar o percentual médio indicado para investir no exterior, é importante destacar que a alocação ideal da sua carteira deve sempre levar em conta alguns pontos básicos, dentre outros fatores que podem influenciar na formação de seu portfólio, como:

No entanto, vale lembrar que a diversificação global de investimentos tem se mostrado imprescindível para os brasileiros, quer seja para se proteger (de crises internas, da inflação e da forte variação cambial, por exemplo) ou para ter acesso a melhores e mais variados produtos de investimentos.

Na realidade, muito mais do que um fator de mitigação de risco, a diversificação em ativos no exterior proporciona ao investidor brasileiro acesso a mercados maiores e mais maduros. Assim, ele ganha uma ampla variedade de ativos e setores, que, por vezes, não têm similares na Bolsa brasileira.

Outro ponto relevante é que investir diretamente no exterior se tornou muito mais simples e acessível. Portanto, atualmente você tem acesso aos produtos internacionais diretamente, sem precisar se valer de intermediários e produtos negociados na Bolsa brasileira com taxas e despesas adicionais, como os BDRs.

Além disso, o investimento realizado no exterior também tem vantagens tributárias em relação ao ganho de capital, o que impacta diretamente na rentabilidade final de seu portfólio, otimizando a sua performance no longo prazo.

Leia mais: Como investir em moedas estrangeiras de maneira estratégica.

Quanto alocar em investimento no exterior?

Para entender melhor o quanto se deve alocar no exterior, é importante saber que, em dezembro de 2019, a economia brasileira representava aproximadamente 3% do PIB mundial. Já o PIB dos EUA, por sua vez, era 25% do total do produzido no globo.

E mesmo nesse cenário, o investidor brasileiro tem menos de 1% de seu patrimônio investido no exterior, enquanto o americano tem cerca de 29% alocados fora dos EUA.

Além disso, a média de alocação internacional dos investidores de outros países importantes, como Canadá (35%), Reino Unido (50%), Austrália (26%) e Japão (45%), é maior que 30%; ou seja, bem superior ao praticado pelo investidor brasileiro.

Desta forma, é possível notar que o investidor no Brasil está excessivamente posicionado em ativos locais, principalmente se considerarmos a representatividade da economia brasileira perante o mundo.

Diante disso, em geral, os especialistas indicam que para ter uma carteira equilibrada e diversificada, a alocação ideal (mínima) no exterior é de 30% do seu patrimônio investido. Sempre respeitando o seu perfil de investidor para cada classe de ativos, vale ressaltar.

Mas calma! Não precisa sair vendendo e comprando ativos para alcançar essa alocação de uma única vez. Você pode fazer os ajustes ao longo do tempo ou conforme realiza novos aportes de investimentos.

Além disso, é importante acompanhar a evolução de sua carteira, periodicamente, para fazer o rebalanceamento, buscando manter os mesmos percentuais de sua alocação ideal.

Agora que você já sabe o percentual ideal para uma carteira diversificada com investimento no exterior, aprofunde-se no tema definindo seus objetivos e nível de risco para estudar em quais ativos fora do Brasil você pode começar a investir.

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