Quando você começa a aplicar seu dinheiro na renda fixa ou variável, está iniciando a estruturação da sua carteira de investimentos. Seja de forma consciente, seja inconsciente, a verdade é que esse é um processo que exige atenção. Caso contrário, você pode ter uma rentabilidade abaixo do esperado.
Por quê? A resposta está no conjunto de ativos que formam o seu portfólio. É normal que alguns deles apresentem desvalorização em algum momento. Nesse momento, é importante contar com a estratégia certa para saber o que fazer.
Assim, você entende o que é carteira de investimento e aplica esse conhecimento a seu favor. Ficou meio confuso? Calma. É só continuar lendo que vamos explicar.
O que é uma carteira de investimentos?
A carteira de investimento é o conjunto de aplicações financeiras feitas por uma pessoa. Por isso, esse termo — também chamado de portfólio ou cesta — abrange todos os ativos e títulos da renda fixa e variável.
Todo investidor acaba montando a sua. Contudo, nem sempre isso ocorre de forma proposital. Por isso, é comum que uma carteira de investimentos para iniciantes tenha poucos ativos e seja pouco diversificada.
No entanto, a formação desse portfólio deve ser feita de forma inteligente. Dessa forma, é possível reduzir seu risco e aumentar sua potencial rentabilidade.
Além disso, é importante saber que cada cesta é individual. Ou seja, os ativos válidos para uma pessoa não são interessantes para outra. Isso porque a escolha depende de diferentes fatores. Por exemplo, capital disponível, objetivos perseguidos e perfil de investidor.
Portanto, a definição dos papéis que comporão a carteira depende das suas expectativas de rentabilidade e prazo, equilibrando essas variáveis com o risco. Como fazer isso? Vamos trazer algumas dicas, a seguir, para ajudar nessa empreitada.
Como montar uma carteira de investimentos?
Para saber como montar uma carteira de investimentos, você deve ter algum nível de educação financeira. Isso ajudará a tomar decisões melhores e a perpassar todas as etapas que listamos em seguida.
Assim, vale a pena buscar conhecimento em livros, cursos, canais do YouTube, blogs, perfis em redes sociais etc. A partir disso, siga as dicas que apresentamos agora.
1. Saiba qual é seu perfil de investidor
Comece identificando o perfil de investidor, já que isso demonstra o seu nível de tolerância ao risco. Para descobrir essa resposta, faça um teste de suitability. Ele está disponível nas corretoras de valores, que são obrigadas a aplicarem esse formulário assim que você abre sua conta.
A resposta costuma ser dividida em 3 possibilidades. Assim, os perfis de investidor são:
Conservador
Apresenta baixa tolerância ao risco. Ou seja, o foco é a segurança financeira, mesmo que isso implique menor rentabilidade. Nesse caso, a prioridade é a renda fixa. Assim, um exemplo de carteira de investimentos é aquela formada por títulos do Tesouro Direto, Certificado Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) etc.
Normalmente, o investidor conservador é alguém com pouco conhecimento de mercado e/ou que precisa formar sua reserva de emergência. No entanto, também pode contemplar pessoas que não querem registrar perdas por estarem próximo da aposentadoria, terem um objetivo claro a perseguir e outros motivos.
Moderado
Busca equilibrar segurança e rentabilidade. Ainda há uma grande preocupação com a proteção do dinheiro. No entanto, esse investidor aceita certo risco, quando o potencial de retorno da aplicação financeira for significativo.
Assim, sua carteira costuma ser parcialmente voltada para a renda fixa e o restante tem foco na renda variável. O percentual de cada uma dessas classes vai depender do que o investidor deseja obter no momento. Portanto, um exemplo de carteira abrange Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, ações etc.
Agressivo
Procura obter o máximo de rentabilidade, mesmo que isso signifique correr mais riscos. Ou seja, sua tolerância a perdas é elevada. Além disso, esse tipo de investidor costuma ter bastante conhecimento sobre o mercado financeiro.
Portanto, um exemplo de carteira de investimento para o perfil agressivo é aquela composta em boa parte por ativos da renda variável, como as ações. Também é indicado ter títulos mais conservadores, a fim de trazer alguma segurança.
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2. Defina seus objetivos
Toda carteira de investimentos precisa estar adequada ao que se busca alcançar. Por exemplo, de nada adianta querer investir na renda variável se você já tem 50 anos e deseja guardar o patrimônio que tem para a aposentadoria. Nesse caso, é pouco indicado arriscar, porque há pouco tempo para recuperar possíveis prejuízos.
Por isso, o perfil de investidor muda com o tempo, de acordo com os seus objetivos. Nesse cenário, é possível dividir o seu portfólio em diferentes partes para que cada uma delas corresponda a um propósito a alcançar. As possibilidades são:
Curto prazo
Compreende os objetivos a serem atingidos no prazo de até 1 ano. É o caso da formação da reserva de emergência, por exemplo. Por isso, é importante focar a liquidez diária, isto é, ter certeza de que poderá sacar o dinheiro quando quiser. Alguns exemplos de títulos são Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA.
Médio prazo
Abrange a conquista de objetivos de 1 a 5 anos. Parte dessa carteira pode ser voltada para um risco moderado. Ou seja, você pode ter alguns títulos mais voláteis e sem liquidez diária. No entanto, a maior parte deve ser formada por títulos da renda fixa.
Longo prazo
Tem o foco no alcance de objetivos em um prazo superior a 5 anos. Aqui, a carteira de investimentos pode ser formada por ativos mais voláteis, já que possíveis perdas podem ser recuperadas. Além disso, é uma chance de obter um potencial de rentabilidade maior.
Vale a pena ter uma parcela maior de ativos negociados na bolsa de valores. Porém, também é importante ter títulos da renda fixa para diversificar.
3. Crie uma estratégia de diversificação
É preciso que os ativos do seu portfólio sejam condizentes com a estratégia escolhida. Lembre-se do seu perfil de investidor e foque a diversificação. Essa é a regra de ouro dos investimentos, porque ajuda a diminuir os riscos e potencializar o retorno.
Para diversificar, tenha ativos tanto da renda fixa quanto da variável. No entanto, pode ter títulos de apenas uma dessas classes, desde que a sua exposição seja maior.
Por isso, vale a pena pensar também em investir no exterior. Afinal, essa é uma forma de expor sua carteira a outras economias e conseguir uma rentabilidade mais alto.
É o que acontece quando você opta por fazer investimentos em dólar, por exemplo. Isso porque essa moeda é historicamente mais valorizada do que o real.
4. Escolha o risco que assumirá
Nesse momento, também escolha o risco que vai assumir. Ele pode ser:
- Alto: a carteira está mais vinculada a ativos da renda variável;
- Médio: a volatilidade existe, mas é menor. É importante deixar parte do capital na renda fixa para garantir alguma previsibilidade;
- Baixo: o propósito é proteger o patrimônio. Portanto, a maior parte do dinheiro fica atrelado à renda fixa. Os fundos de investimentos são boas opções para diversificar ainda mais.
Com todas essas dicas, tenha em mente que você precisará estudar bastante para descobrir quais são os melhores ativos para a sua carteira. Em muitos casos, vale a pena considerar uma assessoria de investimentos ou verificar as chamadas carteiras recomendadas.
Elas são criadas por especialistas de mercado e auxiliam os investidores a montarem seus portfólios de investimento. Você pode utilizá-las como base. De tempos em tempos, é necessário revisar e rebalancear, garantindo que a sua estratégia seja efetivamente colocada em prática.
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