Global Worker: conheça o profissional sem fronteiras

Por:
Nomad
27/6/2024
|
Atualizado em
27/6/2024
15 min de leitura

Já pensou em trabalhar para empresas de qualquer país do mundo e ganhar em uma moeda estrangeira? Se sim, precisa conhecer o termo global worker. Diferente dos nômades digitais, esses profissionais se destacam no exterior, mas não saem de suas casas, isto é, executam suas atividades remotamente.

As duas grandes vantagens dessa modalidade são a flexibilidade e o potencial de ganhos, que é maior. Ainda tem outras, mas o fator principal é que você também pode adotar esse modelo de atuação, que já virou um estilo de vida.

Por esse motivo, vamos explicar melhor esse conceito, trazer seus benefícios, os países e setores que mais contratam, e como se tornar um trabalhador global. Confira!

O que é um global worker?

Um global worker é um profissional de qualquer área de atuação que executa suas funções em home office, mas trabalha em uma empresa estrangeira. Normalmente, o horário e o local de trabalho são flexíveis, e a remuneração é paga em moeda estrangeira. Isso faz com que o potencial de ganhos seja maior.

Essa modalidade de trabalho atrai muitas pessoas, porque é possível ganhar em dólar sem sair do Brasil. As empresas, por sua vez, também buscam muitos trabalhadores estrangeiros, sendo que a demanda é cada vez maior.

Essas afirmações são confirmadas pelo relatório Perfil dos Global Workers, elaborado pela Husky by Nomad. Segundo o levantamento, 86,7% dos respondentes são brasileiros que trabalham para empresas estrangeiras. Outros 12,2% procuram uma vaga no exterior.

Do total, 22,3% se consideram nômades digitais, isto é, aproveitam a flexibilidade do trabalho remoto para viajar com frequência e não ter uma residência fixa. Já 77,7% preferem morar em um lugar específico. Entre os principais fatores para essa escolha estão a vontade de estar próximo à família e aos amigos (41,5%) e valorização do salário na conversão para o real (33,2%).

Isso deixa claro que a flexibilidade de local é muito importante, mas a possibilidade de ganhar mais sem sair de casa é o grande atrativo.

Por que ser um global worker?

A sua localização é flexível

Você pode morar no Brasil ou em qualquer outro país do mundo. Se ficar viajando, é um global worker que também é nômade digital. Esse é um grande benefício, já que um dos principais interesses desses profissionais é viajar, conforme o relatório da Husky.

Isso faz com que 62,2% economizem para viajar, 74,8% visitaram outros países e 25,2% vão apenas para destinos brasileiros. Outra informação relevante é que 54,6% passeiam para outros locais sempre que podem e 47,4% esperam uma boa promoção e compram as passagens.

Você alcança o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Um desejo dos global workers é equilibrar vida e trabalho. Acabou o tempo em que o colaborador privilegiava a empresa. Agora, o propósito é ter mais tranquilidade no dia a dia, ainda cumprindo todas as atividades profissionais.

A pesquisa da Husky confirma. O segundo motivo para aceitar a proposta de empresas estrangeiras é justamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (11,4%).

Fica mais fácil desenvolver habilidades

Mais do que saber o que é um global worker, é entender o que leva a essa escolha. Um dos fatores é a facilidade de desenvolver habilidades, seja por meio do networking, seja via cursos. Com mais tempo sobrando (considerando que não se perde tempo no trânsito), é possível fazer mais coisas e a capacitação é um dos focos dos trabalhadores globais. Isso, inclusive, ajuda a trabalhar no exterior.

Seu potencial de ganhos é maior

Por ganharem a remuneração em uma moeda estrangeira, o potencial de ganhos do global worker é maior. É possível receber em euro ou em dólar, por exemplo, que são duas moedas mais valorizadas do que o real. Isso significa que, no processo de conversão, o valor em reais é mais alto e você tem a chance de ter mais qualidade de vida.

O relatório da Husky indicou que a remuneração é, inclusive, o principal fator para um trabalhador global aceitar uma oferta de vaga. O bom salário é considerado por 75,7%, tanto que a média recebida por eles é de R$ 29 mil por mês. Isso porque 78,3% ganham mais de R$ 15 mil mensais.

Você tem experiência com outras culturas

Ao trabalhar para uma empresa estrangeira, você conhece outras culturas. Isso pode trazer algum conflito, mas, quando bem gerenciado, torna-se um ponto de melhoria pessoal e profissional.

Países que mais contratam global workers brasileiros

  1. Portugal: 38,7%
  2. Espanha: 16,1%
  3. Canadá: 16,1%
  4. Itália: 6,5%

Esses países exigem que o candidato tenha inglês fluente, porque ele precisará interagir com outras pessoas. Essa obrigatoriedade é ainda mais relevante para quem é da área de tecnologia. O motivo para optar por esse idioma é o fato das equipes serem formadas por várias nacionalidades, então, utiliza-se essa língua universal.

Setores que mais contratam global workers

  1. Ciências Exatas: 75,6%
  2. Ciências Humanas: 22,4%
  3. Ciências Biológicas: 1,7%

Esses foram os setores de destaque para conseguir uma vaga como trabalhador global. Em relação aos cursos dos global workers, os principais são:

  1. Ciências da Computação: 23,1%
  2. Sistemas de Informação: 14,3%
  3. Engenharia de Computação: 10,6%
  4. Análise de Sistemas: 13,6%
  5. Administração: 3,6%
  6. Design: 2,9%
  7. Engenharia Elétrica: 2,4%
  8. Publicidade e Propaganda: 1,5%
  9. Psicologia: 1,1%
  10. Jornalismo: 0,9%

Essas informações deixam claro o que as empresas que levam brasileiros para trabalhar no exterior buscam. Algumas delas são Google, BairesDev, Natixis, Meta, Bayer, PwC, Benteler, Syngenta, ArcTouch e Ambev.

Como ser um global worker?

1.Desenvolva suas habilidades

As empresas que buscam global workers optam por profissionais experientes. Vale a pena, portanto, criar um currículo que destaque as vivências profissionais. Ainda é recomendado trabalhar em companhias brasileiras primeiramente para construir um portfólio.

Para ter uma ideia de como o desenvolvimento de habilidades é importante, basta ver que 45,9% das empresas optam por profissionais seniores. Isso demonstra a importância do estudo, mesmo que não seja formal, isto é, cursos online mais rápidos são suficientes.

Na pesquisa da Husky, os respondentes ainda destacaram que os fatores que contribuíram para alcançarem o cargo foram:

  • Cursos na área: 43,3%
  • Pegar novos projetos: 33,9%
  • Networking: 21,9%
  • Mentorias e treinamentos: 19,1%
  • Atualizar currículo e LinkedIn: 18,3%
  • Aprender um novo idioma: 13,5%

2. Use as plataformas certas para conseguir trabalho

Muitas empresas contam com recrutadores que buscam profissionais nas plataformas certas. Algumas delas são Upwork, Fiverr, Freelancer e LinkedIn. Elas valem a pena, porque 37,4% dos contratados foram abordados. Outros 17,6% fizeram a candidatura pelo LinkedIn.

3. Conquiste certificações

Dentro do conceito de desenvolver habilidades, pense em conquistar certificações. Elas ajudam a comprovar o seu conhecimento e tornam o seu currículo mais atrativo. Aproveite para sempre inseri-las nas plataformas em que tem cadastro, principalmente o LinkedIn.

4. Aposte no networking internacional

No relatório da Husky, ficou claro que 25,7% dos entrevistados foram indicados para a vaga que ocupam. Ainda tem 21,9% que usam do networking para conquistarem a tão sonhada vaga em uma empresa do exterior. Isso significa que essa ação traz resultados.

Como fazer um networking internacional? O LinkedIn é uma boa ferramenta. Siga pessoas influentes, deixe comentários e, quem sabe, até uma mensagem. Acompanhe o perfil das empresas nas quais se interessa e tente entrar em contato com os colaboradores. Tudo isso ajudará a conhecer pessoas e manter relacionamentos.

Com todas essas informações, você percebeu que dá para conseguir uma vaga no exterior. Ser um global worker pode ser mais fácil do que parece. Basta ter a capacitação necessária para isso e se preparar.

E você, quer saber mais sobre o assunto? Descubra 5 países que contratam brasileiros e saiba como trabalhar no exterior.

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