por
Paula Zogbi
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O Bureau of Labor Statistics nos EUA divulgou que os preços ao consumidor em dezembro subiram acima do esperado em dezembro, com avanço de 2,9% na base anual, ante 2,8% da estimativa de consenso, pressionado especialmente por energia e alimentos, que são itens mais voláteis da cesta. Olhando para o core-CPI, porém, que exclui itens mais voláteis, a leitura foi mais benigna que o esperado, com a inflação desacelerando para 3,2%, ante expectativa de manutenção do ritmo de 3,3% que foi visto em novembro.
Combinada com o PPI também mais benigno que o esperado ontem, a leitura traz ânimo para os mercados, que praticamente já descartam mais um corte de juros pelo Fed em janeiro, mas estão divididos em relação à trajetória dos juros para 2025. Após a divulgação, aproximadamente 20% das projeções do mercado assumiam uma manutenção das Fed Funds no patamar atual até o final do ano, 37% previam um corte de 25 pontos e 29% um corte de 50 pontos.
Após um início de ano turbulento para as bolsas, será essencial que a inflação dê mais sinais de rumar em direção à meta de 2% para que o FOMC retome os cortes e o fluxo para o mercado de ativos de risco retorne. Seguimos de olho também na amplitude das políticas e tarifas do governo Trump a partir da posse na semana que vem.
A reação nas bolsas foi imediata, com os futuros do S&P e Nasdaq subindo no premarket. A taxa de juros do Treasury de 10 anos despenca mais de 5 pontos-base nesta manhã, após encostar em 5% no início da semana.
Paula Zogbi
Gerente de Research e Head de conteúdo na Nomad, tem mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, foi head de conteúdo na XP, analista na Rico e jornalista na InfoMoney e EXAME. É graduada em jornalismo pela USP e tem certificação CNPI pela Apimec.
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