por
Time Nomad
10 min.
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Publicado em
24/4/2025
Hedge é uma estratégia financeira fundamental para proteger investimentos das oscilações do mercado, funcionando como um seguro financeiro. O objetivo principal é reduzir riscos e proteger o capital, promovendo estabilidade financeira e possibilitando um planejamento mais confiável para o futuro.
Quer saber mais sobre o que é o hedge, para que ele serve, quais os tipos de estratégias, como elas funcionam na prática e as vantagens e desvantagens? Continue lendo e descubra tudo.
Hedge é uma estratégia financeira utilizada para proteger investimentos contra flutuações de mercado que possam resultar em perdas.
De uma maneira geral, a ideia é minimizar o risco associado a variações de preços de ativos, como ações, commodities, moedas ou taxas de juros, através de operações adjacentes em mercados futuros, opções ou outros instrumentos financeiros.
Para entender melhor, imagine que você tenha uma plantação de laranjas e esteja preocupado com a possibilidade de uma geada reduzir a colheita e, consequentemente, o lucro.
Para se proteger contra essa possibilidade, você pode fazer um contrato de seguro que garanta uma compensação financeira caso a geada ocorra. Esse seguro é uma forma de hedge contra o risco climático.
Na prática, suponha que uma empresa brasileira tenha uma dívida em dólares. Se o real se desvalorizar em relação ao dólar, a dívida ficará mais cara em reais.
Para evitar essa situação, a empresa pode realizar um hedge cambial, como comprar ou vender dólares no mercado futuro, garantindo um preço fixo para a moeda no momento de liquidar a dívida. Dessa forma, independentemente da variação do dólar, a empresa já estará protegida com a taxa de câmbio que contratou.
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Existem vários tipos de hedge, cada um destinado a mitigar riscos específicos. São eles:
O hedge cambial é utilizado para proteger contra as flutuações das taxas de câmbio. Empresas que têm receitas ou despesas em moeda estrangeira, como dívidas ou vendas internacionais, usam o hedge cambial para garantir que o valor em sua moeda local não seja drasticamente afetado por variações cambiais. Isso pode ser feito através de contratos futuros, opções e swaps de moeda.
Também conhecido como hedge de receitas ou de commodities, é usado por empresas para proteção contra variações nos preços das matérias-primas ou produtos que afetam suas operações diárias.
Por exemplo, uma empresa aérea pode usar contratos futuros para se proteger contra aumentos no preço do combustível de aviação. Da mesma forma, agricultores podem fazer contratos de venda futura de suas colheitas para se proteger contra quedas nos preços das commodities agrícolas.
Esse tipo de hedge é aplicado para proteger o valor de investimentos financeiros contra a volatilidade do mercado. Investidores podem usar opções, futuros ou outros derivativos para se proteger contra quedas no preço de ações ou outros ativos financeiros.
Um exemplo seria um investidor que tem ações e compra opções de venda para proteger seu portfólio de uma possível queda no mercado acionário.
O objetivo principal do hedge é reduzir riscos e proteger o capital. Assim, investidores e empresas podem usar instrumentos de hedge para limitar potenciais perdas decorrentes de movimentos inesperados nos mercados financeiros.
Além disso, ao proteger contra possíveis perdas, o hedge ajuda a preservar o valor do capital investido. E isso é importante para empresas e investidores que buscam estabilidade financeira ou precisam cumprir obrigações futuras.
Em tempos de volatilidade do mercado, o hedge também pode servir como um mecanismo para mitigar perdas. Por exemplo, um investidor pode usar opções de venda para se proteger contra uma queda no mercado de ações.
Já empresas que operam internacionalmente usam hedge cambial para se proteger contra as variações das taxas de câmbio, que podem tornar as exportações mais caras ou as importações mais baratas, afetando as margens de lucro.
O hedge funciona por meio da utilização de instrumentos financeiros que permitem a investidores ou empresas compensar possíveis perdas em um ativo com ganhos em outro.
Abaixo, vamos entender melhor como ele funciona:
Para colocar uma estratégia de hedge em prática, é necessário seguir um processo estruturado que envolve desde a identificação dos riscos até o monitoramento contínuo da posição de hedge. Confira o passo a passo simplificado:
Avalie os riscos financeiros da sua empresa ou portfólio. Isso pode incluir risco cambial, de commodities, taxas de juros, crédito, entre outros.
Tente quantificar o impacto potencial desses riscos. Por exemplo, se você tem uma dívida em dólar, calcule como uma variação na taxa de câmbio afetaria o valor dessa dívida em reais.
Conheça os diferentes instrumentos de hedge disponíveis, como futuros, opções, swaps e contratos a termo.
Escolha o instrumento que melhor se adapta ao risco específico que você identificou. Por exemplo, se você é um exportador e quer se proteger contra a queda do dólar, pode considerar a venda de contratos de opções de câmbio.
Avalie a liquidez do mercado para o instrumento escolhido e os custos associados à implementação do hedge.
Determine o tamanho da posição de hedge necessária para cobrir adequadamente o risco. Isso pode envolver cálculos financeiros e considerações sobre a correlação entre o ativo/obrigação e o instrumento de hedge.
Execute a operação de hedge, comprando ou vendendo o instrumento financeiro escolhido. É importante garantir que a data de vencimento do contrato de hedge coincida com o período de exposição ao risco.
E esteja ciente de que o hedge pode ter um custo, como o prêmio de uma opção ou a margem de garantia em contratos futuros.
Monitore regularmente a posição de hedge para garantir que ela ainda esteja alinhada com seus objetivos de risco.
Se as condições de mercado mudarem significativamente ou a sua exposição ao risco for alterada, pode ser necessário ajustar a estratégia de hedge. Isso pode envolver a rolagem de contratos, a alteração do tamanho da posição ou a escolha de um instrumento diferente.
Revise periodicamente a eficácia do hedge e sua relação custo-benefício.
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A principal vantagem do hedge é a capacidade de reduzir o risco de perdas financeiras significativas devido a flutuações de preços, taxas de câmbio ou taxas de juros.
Além disso, empresas e investidores que utilizam hedge podem manter uma operação mais estável, pois estão protegidos contra a volatilidade do mercado.
Com o risco mitigado, gestores e investidores podem se concentrar mais em suas atividades principais e na estratégia de negócios, sem a preocupação constante com oscilações de mercado.
Porém, é importante saber que implementar uma estratégia de hedge geralmente envolve custos, como prêmios de opções, margens de garantia em contratos futuros ou taxas de negociação. Esses custos podem reduzir a lucratividade potencial.
O hedge pode ser complexo, e requer conhecimento especializado para ser implementado efetivamente. A escolha incorreta de instrumentos ou o mau dimensionamento da posição de hedge podem levar a resultados indesejados.
Além disso, enquanto o hedge protege contra perdas, ele também pode limitar os ganhos. E, em alguns casos, a correlação entre o instrumento de hedge e o ativo/obrigação pode não ser perfeita, levando a uma proteção incompleta.
No mercado financeiro, o hedge é utilizado de diversas formas por investidores e empresas para proteger seus ativos e fluxos de caixa. Veja alguns exemplos reais:
Agora que você já sabe o que é hedge, para que ele serve e como colocar em prática, aprenda a investir em stocks com nosso guia completo.
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