No momento em que você começa a ter contato com operações cambiais, viagens ou remessas internacionais, muitas dúvidas surgem e, talvez, uma certa insegurança frente a tantos termos e processos em relação às moedas. Não importa se você trabalha para empresas do exterior, é gamer ou está de malas prontas para a viajar para o exterior: é muito importante entender a diferença do dólar turismo para o comercial.
Pensando nisso, preparamos este artigo para esclarecer as principais dúvidas relacionadas a cada tipo de dólar. Entenda qual deles será usado na conversão e descubra o valor que chegará na sua conta ou quanto vai gastar ao comprar dólares para uso pessoal. Continue a leitura e saiba mais!
Entenda a diferença do dólar turismo e comercial
Você já deve ter reparado que cada tipo de dólar tem uma cotação diferente, certo? Isso acontece devido à finalidade de cada um, que são diferentes. Veja como funciona:
Dólar comercial
Este tipo de dólar, como o próprio nome já diz, é relacionado a transações comerciais. Só pode ser negociado por instituições financeiras ou empresas.
O valor do dólar comercial é o que define as taxas do mercado e geralmente é mais barato devido ao grande volume das transações. É a moeda utilizada no pagamento ou recebimento de importação e exportação de bens e serviços, ou seja, é muito dinheiro envolvido.
Dólar turismo
É o tipo de dólar que pode ser comprado por pessoas físicas. Geralmente é mais usado, como sugere o nome, para turismo em outros países, sendo também a moeda usada para comprar passagens aéreas e cartões pré-pagos de viagem. É negociado geralmente em casas de câmbio ou correspondentes cambiais.
É mais caro que o comercial. Isso acontece porque o volume negociado é menor e incorpora no seu valor de mercado alguns impostos, custos administrativos, logística e alguns outros fatores que aumentam o seu valor de câmbio.
Confira os motivos do dólar turismo ser mais caro
Tanto o dólar turismo quanto o comercial variam de acordo com o volume negociado em cada transação, conforme explicamos. Menor a compra, maior o valor no mercado.
Por isso o turismo geralmente é mais caro, mas não é só este fator que causa essa diferença. Nas casas de câmbio, por exemplo, são vendidos dólares para os clientes após comprar em outras transações. Ou seja, é uma revenda e elas precisam ganhar dinheiro suficiente para cobrir alguns custos.
Alguns exemplos de custos das casas de câmbio são a contratação de segurança, pagamento de funcionários, aluguel, entre outros. Por isso a cotação pode variar de uma cidade a outra ou até mesmo na mesma região.
Além disso, não podemos esquecer das taxas da transação de câmbio, conforme a legislação. E, por fim, é preciso ter lucro para funcionar, como qualquer empresa.
Quando for negociar a compra de dólares ou qualquer outra moeda estrangeira, vale ficar atento ao VET - Valor Efetivo Total. Este é um número que agrupa todos os custos da operação, como a cotação, as tarifas e os impostos, como o IOF.
Saiba quem pode comprar cada tipo de dólar
O Banco Central do Brasil regulamenta a compra e venda de moedas estrangeiras no país. De acordo com a instituição, pessoas físicas não podem comprar dólar comercial mas, por outro lado, não há um valor máximo permitido para a compra.
O dólar comercial, como dissemos, só pode ser negociado por empresas e instituições financeiras. Em 2021 o Brasil movimentou US$ 499,8 bilhões, somando as exportações e importações feitas no país. É muito dinheiro, não é mesmo?
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Veja as regras para a compra
Para comprar dólar é preciso comprovar a origem do seu dinheiro em reais. Alguns documentos que demonstrem a sua capacidade financeira podem ser exigidos na operação.
Além disso, as casas de câmbio credenciadas pelo Banco Central possuem regras próprias e cada uma pode definir o limite de compra pelos clientes. Geralmente, para compras de até US$ 3 mil ou equivalente em outra moeda estrangeira, os seguintes documentos são solicitados:
- CPF
- Identidade
- Comprovante de residência atualizado
Acima de US$ 3 mil, é exigida a comprovação da procedência do dinheiro. É necessário apresentar a declaração do Imposto de Renda, contracheque ou algum outro documento original para comprovar a origem do valor.